terça-feira, 24 de maio de 2011

Inverno chegando

Soneto de separação


Em torrente navega meu coração

E eu, atordoado.

sobressaltado

Do açoite dos sons

Do urro das feras

E tudo mais que não possa controlar


Como não pude conter

As reações em cadeia

De uma escolha mal feita,

Ruída ao passar dos anos.

Pois tantos foram os danos...

Tantos e incontáveis danos...


Mantendo-me aprisionado

Como um soneto, quadrado,

Talhado em desenganos.


Buscando a mim, impunemente

No caos que a paz inspira

Perigosamente.


Por: Rogério Mansera

Nenhum comentário:

Postar um comentário