terça-feira, 26 de abril de 2011

final de abril

Confesso


Se te interessar possa

Estou contando os dias pra te encontrar

Vivo na fossa

Ando doente,

Constante a me embriagar


Se isso lhe importa

Estou sussurrando na porta

Mudo de um beijo teu

Surdo como o poema

Que minha vida entorta


Se queres mesmo saber

Eu sou o mesmo de outrora

Incoerente e tristonho

Afeito a desejos e sonhos

Velozes como os de agora


Queria mesmo te contar

Não vou a lugar que seja

Que não possa te levar

Leve em meu pensamento

Como o teu amor me enseja.


Rogério Mansera

quinta-feira, 7 de abril de 2011

Em que posso pensar para não me matar

Em que posso pensar pra não me matar?

Em nada!

E por isso vou me matando,

Aos poucos.

Num gole de álcool,

Na brasa do cigarro,

Em drogas que não posso revelar.

No fundo, me afundo ao viver

Os sonhos que Deus me dá.

Na vida que eu quero ter...

Até o diabo me levar.

Pois bem sei que mereço.

Em que posso pensar pra não me matar?

Nas conseqüências...

E por isso vou me matando

Aos poucos...

Sem que algum deus perceba.

No silêncio do anonimato.

No regato das sombras...

Vou vivendo eu.

No fundo, um covarde,

Bêbado e drogado,

A beira da morte, quem vai saber?

Ninguém que possa perceber - julgo eu...

Em que posso pensar pra não me matar?

Na vida que se arrasta...

Pois é só o que me resta.